
FLÁVIA THEREZINHA SARAIVA DIAS
Diretora de “O Taquaryense”

Albertino Saraiva (à direita), ao lado do filho Palemon, em frente ao antigo prédio do jornal
Foto: Acervo/O Taquaryense
Corria o ano de 1886 quando, vindo de São Jerônimo, chegou a Taquari um jovem com 21 anos. Naquela vila, trabalhara com Carlos Candal, proprietário de uma tipografia e seu grande mestre nesse ofício. Ali descobrira o pendor para as artes gráficas.
Mudou-se para cá após ser convidado a empregar-se na tipografia de José Rodolfo Taborda, que, com sua ajuda, lançou à luz da publicidade “A Restauração” e, em substituição a esta, “Gazeta de Taquari”.
Um ano depois, tendo Taborda transferido seu estabelecimento para Encruzilhada, novo convite chegou ao jovem tipógrafo, agora para trabalhar na oficina de Tristão de Azevedo Viana. Ali o sonho acalentado por nosso personagem principal cresceu e, aos poucos, tornou-se realidade.
Na manhã de um domingo invernal, 31 de julho de 1887, Albertino Saraiva entregou, de casa em casa, o primeiro número de “O Taquaryense”. Naquele momento, nascia um jornal simples e singelo, pleno de amor e esperança, com a missão precípua de registrar o desenrolar da história através dos tempos, sempre fiel à verdade dos fatos e determinado a defender os interesses de sua terra.
O sonho de Albertino se manteve vivo nas gerações que se sucederam, mercê de muita fé, muita luta, muita abnegação de uma família e muita dedicação e colaboração de uma plêiade de grandes e inesquecíveis amigos.
São 133 anos de história! Nossa luta continua, nossa esperança se renova a cada dia! O sonho do jovem tipógrafo é a inspiração que nos move na caminhada iniciada por ele com tanto amor e sacrifício.