Matheus Fregapani Azeredo reside na cidade de Shinjo

Ele e a namorada, Momoka Igarashi
Foto: Reprodução/Facebook
Vem da Ásia o quinto depoimento da série “Pelos Cinco Continentes”. Mais precisamente da cidade de Shinjo, no Japão, onde reside o taquariense Matheus Fregapani Azeredo, 19.
Tradutor e professor de japonês, o jovem relata, a seguir, um pouco do que vem vivenciando no país nipônico em meio à pandemia do coronavírus.
“Todos os estabelecimentos continuam abertos”
Levando em consideração somente a cidade interiorana em que resido no momento, com aproximadamente 36 mil habitantes, há 57 contaminados pela covid-19. Por aqui, as pessoas estão bem receosas pelo fato de o vírus se propagar muito facilmente. Mas absolutamente todos os estabelecimentos continuam abertos (com muitos clientes, por sinal), e minha rotina segue normal até o momento.
No Japão, o uso de máscaras “decolou” logo após o surto de Sars (síndrome respiratória aguda grave) em 2003. Desde então, os japoneses se cuidam de forma um tanto exagerada. Porém, isso ajudou muito a frear a propagação do coronavírus. É normal para os japoneses, portanto, utilizar máscaras no dia a dia. E, agora, a utilização cresceu de modo tão abrupto que, na maioria das farmácias, não há mais para comprar.
Em virtude da pequena crise gerada pela pandemia aqui no Japão, algumas empresas tiveram que reduzir o salário de muitos funcionários e, em casos mais extremos, demiti-los. O governo decidiu ajudar cada família afetada por isso com a doação de 300 mil ienes (aproximadamente 14 mil reais).
Diante de todos esses problemas, o país declarou situação de emergência. A recomendação é para tentar o máximo possível ficar em casa. Mas, se é necessário sair, não há multa nem qualquer outro tipo de punição.
As empresas, em sua maioria, estão pedindo aos funcionários que trabalhem de casa; aqueles que precisam ir às ruas o fazem normalmente. O Japão preza muito sua economia.