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Fiscais notificam ambulante, e empresário reage

Funcionário de circo comercializava algodões-doces na rua Albino Pinto

Funcionário de circo comercializava algodões-doces na rua Albino Pinto

Na tarde desta segunda-feira, 13, por volta das 17h10, a fiscalização municipal notificou um vendedor ambulante que comercializava algodões-doces na rua Albino Pinto. Funcionário de um circo instalado em Taquari, ele é conhecido pelo apelido de “Cuequinha”.

De acordo com a fiscal Simone Pereira, a equipe foi até o local após receber denúncia de aglomeração perto de uma farmácia. “Quando chegamos lá, realmente havia pessoas aglomeradas. Estavam tomando chimarrão na calçada”, conta.

Simone e seus colegas passavam orientações a essas pessoas quando viram o vendedor ambulante, vestido de palhaço. “Então, a gente o orientou também, dizendo que ele não poderia vender, já que o decreto estadual de calamidade pública, relativo à pandemia do coronavírus, proíbe. E, mesmo que ele quisesse pedir alvará para venda, as licenças estão suspensas pelo mesmo decreto”, esclarece Simone.

Enquanto os fiscais conversavam com o vendedor, o empresário Leonardo Schwingel de Medeiros se aproximou e, inconformado com a abordagem feita ao ambulante, perguntou-lhe: “Estão te incomodando?”. “É, não deixaram eu vender”, respondeu o homem. Leonardo, então, comprou todos os algodões-doces que restavam e distribuiu a pessoas no entorno. “Ganhando menos de R$ 1 em algodão-doce. Bando de hipócritas”, protestou em voz alta o empresário, que estava acompanhado de duas pessoas, uma das quais usou o celular para filmar.

Mais tarde, o funcionário do circo gravou um agradecimento a Medeiros. Esse e outros dois vídeos que registram o momento no qual o empresário reage à ação dos fiscais foram publicados nas redes sociais e podem ser assistidos logo abaixo.

Conforme Simone Pereira, foi registrado boletim de ocorrência na Delegacia de Polícia por desacato a funcionário público e ameaça. “Seguindo pela Albino Pinto para retornar, passamos pela loja do pai dele [Leonardo], e ele gritou. Pediu para pararmos que ele iria resolver, nos ameaçando”, relata Simone.

Procurado por “O Taquaryense”, Leonardo Schwingel de Medeiros preferiu não se manifestar hoje, por estar “de cabeça quente”. Amanhã, 14, o jornal fará novo contato para ouvi-lo.

3 comentários

  1. Situação complicada..os fiscais estão cumprindo o dever, e a situação merecia a abordagem dos agentes. Por outro lado, só que parece, outra pessoa buscando a sua sobrevivência, e quem sabe de outras pessoas da família. A quem socorrer ???

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  2. Boa noite ! é muito fácil quando se tem um salário fixo !! e não ver o lado das pessoas que vivem vendendo nas ruas sem saber ok vai entrar de renda durante o dia para um pai de família ou mãe de família que são ambulante !!
    Meus parabéns a esse empresário que tomou as cara pelo o rapaz do circo e de uma forma ou outra leajudou só não por ter colocado uma carne na mesa dele nesse dia mais sim por não ter sido tão omiliado por esses fiscais que já tem o salário garantido no final do mês !
    Vamos valorizar os ambulante mais Brasil !!
    Parabéns ! Pelos ambulante do dia a dia !!

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