
Presidente Bolsonaro insiste em menosprezar a gravidade da crise atual | Foto: Reprodução
O presidente da República, Jair Bolsonaro, resolveu investir contra a política sanitária do próprio governo e das autoridades mundiais, em meio à pandemia do coronavírus. Em pronunciamento feito na noite de terça-feira, 24, em cadeia nacional de rádio e televisão, o mandatário deu o seu recado.
Propôs a reabertura do comércio, em parte fechado para impedir a circulação de pessoas. Criticou o fechamento das escolas e outras providências restritivas tomadas por governadores e prefeitos para esvaziar as ruas. Atacou a imprensa, culpando-a por alimentar a “histeria”. E, uma vez mais, referiu-se ao vírus como uma “gripezinha”.
Bolsonaro insiste em menosprezar a gravidade da situação, ignorando a crescente relação de contaminados e mortos em solo brasileiro devido à pandemia. Suas manifestações deixam claro isso. Nenhuma, todavia, é mais desatinada e irresponsável — ao menos até o momento em que este editorial é escrito — do que a de terça-feira. Ao conclamar a população para retomar a “normalidade” quando a projeção de especialistas indica que o pior ainda está por vir, o presidente ultrapassou todos os limites.
O inconsequente pronunciamento não poderia despertar, Brasil afora, outro sentimento senão o de repulsa. No Rio Grande do Sul, o governador Eduardo Leite foi enfático: primeiro, protege-se a vida; depois, os empregos. De igual sorte, o prefeito Emanuel Hassen de Jesus (Maneco) não deixou dúvidas de que a prioridade deve ser a saúde, tendo reforçado o pedido para que os taquarienses permaneçam em casa.
Não obstante, é inevitável que se ouçam, aqui e ali, as vozes a serviço do caos. Conforta, porém, a constatação de que constituem minoria os que endossam a posição do mandatário brasileiro. Entre eles, está o ex-prefeito Cláudio Martins, que foi a uma rede social se insurgir contra a “irresponsabilidade” dos governantes que mandaram parar tudo, como se determinados estivessem a quebrar o país, e não a conter o avanço do vírus. Este, embora pareça ter conseguido encontrar aliados entre os que deveriam vê-lo como inimigo, não se sairá vitorioso da luta ora travada. O bom senso e a boa informação irão derrotá-lo.
O Governo trabalha dia e noite buscando impedir a propagação da pandemia. O Ministro da saúde tem sido elogiado pelo seu trabalho, e a imprensa insiste em atacar Bolssonaro. O crescimento da pandemia no Brasil está absolutamente dentro das expectativas previstas pelo Governo.Temos felizmente um índice baixo de mortos, tudo está sob controle. Querem o quê..
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