Novo horário escolhido para as sessões afronta o bom senso

PEDRO HARRY
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Por unanimidade, os vereadores decidiram na última semana que, de março em diante, as sessões passarão a ocorrer às terças-feiras, com início às 17h30. Ocorre que, às 20h, Mara Barcellos Rodrigues (PSDB) não poderia comparecer à Câmara, já que, no mesmo horário, ministra culto na Igreja do Evangelho Quadrangular (IEQ), pastora que é.
Os mesmos vereadores que reclamam uma maior participação da comunidade nas sessões, quase sempre vazias, resolvem agora escolher um horário que, em vez de aproximar, afastará ainda mais a população do Legislativo. Convenham: é um paradoxo. Mais do que isso: um contrassenso!
Prevaleceu nesse caso, como resta evidente, o interesse individual sobre o público, o que nunca é bom. Abre-se um precedente nocivo. E sublinho a contradição: todos os vereadores, provavelmente intimidados pela plateia lotada de fiéis da IEQ, votaram a favor da mudança. Não haveria, pergunto, uma alternativa que favorecesse não só a pastora como também a comunidade?