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Há meio século, instalava-se a Cooperativa de Eletrificação Rural Taquari-Jacuí

Programa do governo federal motivou a fundação da Certaja em 1969

Programa do governo federal motivou a fundação da Certaja em 1969

Primeira assembleia, ocorrida em 3 de outubro de 1969 | Foto: Arquivo/Certaja

Diretores, conselheiros, funcionários, cooperados e clientes da Certaja estão em festa. Nesta quinta-feira, 17, a Cooperativa Regional de Energia Taquari-Jacuí completa 50 anos.

O começo dessa história remete à data de 3 de outubro de 1969, quando, em assembleia realizada no Salão Paroquial, a Certaja foi fundada para, 14 dias depois, ser instalada sob a denominação de “Cooperativa de Eletrificação Rural Taquari-Jacuí”.

No ato de instalação, estiveram presentes diversas autoridades, entre as quais os prefeitos de Taquari, Bom Retiro do Sul, Triunfo, Butiá, General Câmara e São Jerônimo.

“Iniciava-se ali uma nova e aventurada caminhada, na tentativa de fazer chegar até o homem do campo aquele algo que tanto benefício lhe traria”, afirma o atual presidente, Renato Martins.

Notícia da fundação
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“O Taquaryense”

A primeira diretoria eleita e empossada, conforme noticiou “O Taquaryense” no dia 25 do mesmo mês, era composta por Alcides Antunes da Cunha Netto (presidente), Ernesto Walter Roth (vice-presidente) e Petain Salvador Borges da Rosa (secretário). Entre os conselheiros, figuravam Orival Michel de Borba, Dorival de Oliveira Corrêa, Nilo Miranda, Libório Fregapani, Rodolfo Junqueira e Alberto Frederico Seibert. Marino Ribeiro, Adão Rodrigues Martins e Antônio Delapiève integravam o conselho fiscal.

“Mentes iluminadas que, motivadas por um programa do governo federal, à época chefiado pelo marechal Arthur da Costa e Silva, filho de Taquari, resolveram corajosamente fundar a cooperativa”, destaca Renato.

De lá para cá, cinco presidentes comandaram a Certaja. Depois de Alcides Antunes, que esteve à frente da cooperativa entre 17 de outubro de 1969 e 6 de março de 1971, Adão Rodrigues Martins assumiu o posto, no qual permaneceu até 31 de março de 1973. Dessa data em diante, a presidência coube a Nero Pereira de Freitas, substituído em 2 de março de 1974 por Frederico Bavaresco.

“A partir de fevereiro de 2008, por afastamento do sr. Bavaresco, falecido em pleno exercício do mandato, assumimos o comando do barco e estamos até os dias de hoje”, conta Renato Martins, mencionando em seguida outros nomes importantes da história certajana. “Alberto Lengler, o Tio Hugo, foi nosso primeiro e dinâmico gerente. Sem grande recurso e nenhuma estrutura, tirando muitas vezes do próprio bolso, deu os passos iniciais nessa gloriosa caminhada. Não podemos deixar de lembrar também nossos abnegados freis Eugênio e Raimundo, que igualmente se engajaram na ideia e junto conosco levavam um voto de credibilidade ao projeto.”

Retomando o crescimento

Hoje, em meio a um cenário de crise, os obstáculos a superar são muitos. À frente da Certaja Desenvolvimento desde 2014, Pedro Maia salienta que, em agosto deste ano, foi possível encaminhar várias negociações que devolvem à cooperativa sua plena capacidade de operação. “Gerando recursos suficientes para bancar os estoques de mercadorias e os financiamentos das lavouras de nossos associados produtores.”

Ele atribui isso à venda de uma área de terra e à renegociação dos financiamentos junto ao Sicredi. “Tanto a Certaja Energia quanto o Sicredi foram grandes parceiros nessas negociações, que nos abrem novas possibilidades de desenvolvimento para o futuro.”

Sem capital de giro, devido aos problemas surgidos com as usinas, a cooperativa tentou conseguir recursos através da venda do SuperCentro. As propostas, contudo, não agradaram. “Então, tivemos que apelar para o dinheiro dos bancos e dos fornecedores para o financiamento de nossas operações. Foram cinco anos com uma carga de custos financeiros muito alta, superior a nossos resultados operacionais, o que criou uma dificuldade muito grande para equilibrar o fluxo de caixa nesse período”, diz Pedro.

Com a renegociação junto ao Sicredi, a questão financeira foi praticamente resolvida. Conforme Maia, o enxugamento de despesas administrativas e operacionais permitiu a melhora da produtividade e o aumento da lucratividade. “O resultado veio rápido. Já em agosto, tivemos sobras líquidas superiores a R$ 300 mil.”

O objetivo agora é ampliar as vendas da agroveterinária, de onde a Certaja obtém as sobras necessárias para custear sua operação. “Dedicaremos o ano de 2020 para consolidar as conquistas de 2019, normalizando a rentabilidade da cooperativa”, finaliza Pedro Maia.

Atualmente, a Certaja distribui energia elétrica para mais de 28 mil cooperados e clientes, abrangendo 19 municípios.

Certaja em números

– Funcionários: 143.

– Empresas terceirizadas: 3 (35 funcionários).

– Cooperados: 28.366.

– Instalações consumidoras: 26.098.

– Extensão de redes: 3.918 km.

– Consumidores por km: 6,7.

– Consumidores no meio rural: 86%.

– Consumo médio: 360 kWh.

– Postes instalados: 54.937 (99% de concreto).

– Transformadores: 5.034 unidades.

– Potência instalada: 118.285 kVA.

Fatos e fotos

Presidentes

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