Especial

Designer taquariense se torna referência no meio tradicionalista

Joni Bilhar trabalha com criação e confecção de trajes gaúchos

Joni Bilhar trabalha com criação e confecção de trajes gaúchos

Jovem de 31 anos criou seu atelier em 2016 | Foto: Anna Precht

Referência no meio tradicionalista, o Traço Gaúcho trabalha com criação e confecção de pilchas individuais e de grupos desde 2016, conquistando credibilidade dentro e fora do Rio Grande do Sul. Mas a história de sucesso do atelier do taquariense Joni Bilhar, 31, teve um início despretensioso. O gosto pelo desenho, desde muito pequeno, levou-o para área do design. Em razão disso, atuou, por exemplo, no setor de modelagem de uma empresa de confecção.

Até então, Joni não tinha marca ou negócio. Foi só no princípio de 2016 que surgiu o Traço Gaúcho. Valorizando a cultura do Estado através do talento para a criação, o designer transformou seu hobby em fonte de renda. Apenas três anos mais tarde, no entanto, é que ele passou a se dedicar exclusivamente à marca. Até abril deste ano, conciliava trabalho fixo numa empresa com o atelier. “É a realização de um projeto pessoal.”

Graças ao aumento na demanda, o taquariense precisou chamar mais uma pessoa para auxiliá-lo. Alcançando grande público nas redes sociais, o atendimento da empresa é praticamente 100% online, do primeiro contato ao pós-venda. “Geralmente peço duas semanas para a entrega do projeto e 60 dias para a confecção de grupos. Para trabalhos individuais, o prazo é menor. Os croquis são feitos digitalmente e repassados em formato PDF para os clientes, com toda a descrição dos tecidos, os detalhes e os aviamentos. Fico disponível para dar assessoria.”

Sua equipe de costureiras tem aumentado proporcionalmente à demanda, com profissionais de oito municípios. “Elas são de confiança. O vestido de prenda é complexo, tem muitos detalhes, e os acabamentos precisam ser perfeitos.”

Repleto de desafios, o dia a dia da criação não é fácil, assim como a fidelização dos grupos e das entidades. “Eles buscam muito o diferencial. Por isso, procuro atendê-los de forma bem exclusiva, criando modelos que se encaixam com a proposta que o grupo tem.”

Para se inspirar e ter ideias de modelos, tecidos, rendas e detalhes, Joni busca referências em séries, filmes, sites de museus da moda e livros. A partir disso, cria os trajes. “O maior desafio na criação é manter a originalidade do traço e entregar um trabalho à altura do que os clientes desejam. Ver o trabalho pronto no corpo dos dançarinos e dos peões e das prendas é uma sensação única. É como se uma parte de mim estivesse em cada uma das peças.”

Todo o cuidado na criação e na confecção dos trajes tem dado bons resultados. Na final do Juvenart deste ano, por exemplo, das 60 invernadas finalistas, 20 vestiam as criações do designer. Além disso, o concurso premia pilcha de conjunto, e essa foi a segunda edição consecutiva que um grupo vestindo Traço Gaúcho venceu. No Fesmirim, campeão e vice usaram a marca taquariense, que tem em seus perfis do Facebook e Instagram registros da maioria dos trabalhos.

Consolidado no mercado estadual, o atelier fez, em 2018, seu primeiro trabalho para fora, desenhando e confeccionando as pilchas do CTG Querência de Santa Mônica, do Paraná. Ultimamente, também tem criado para grupos de dança do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul. “O período de safra da empresa ia de março a novembro no Rio Grande do Sul. Com esses outros Estados, passamos a ter outras datas para trabalhar.”

Joni se diz satisfeito com o sucesso que vem alcançando, mas garante não se acomodar. “No futuro, penso em abrir uma loja física, com tecidos, aviamentos e tudo o mais.”

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