Senador gaúcho foi assassinado em 8 de setembro de 1915
“Pinheiro Machado, o emérito e valente campeão das liberdades públicas, o chefe querido, o árbitro supremo da política nacional, já não existe mais. Para derribar o colosso, foi preciso – para vergonha eterna deste país em dissolução e opróbrio da nossa nacionalidade – o punhal homicida de um sicário maldito!”
Eram essas as primeiras linhas que se liam na página 2 de “O Taquaryense”, em edição que circulou a 11 de setembro de 1915, acerca do assassinato do senador gaúcho José Gomes Pinheiro Machado, ocorrido três dias antes.
Um dos políticos mais influentes da República Velha, Pinheiro Machado nasceu em 8 de maio de 1851, no município de Cruz Alta. Era filho de Antônio Gomes Pinheiro Machado e Maria Manuela de Oliveira Ayres, ambos naturais de São Paulo.
Aos 15 anos incompletos, aluno da Escola Preparatória, anexa à Escola Militar da Corte, ele abandonou os estudos e alistou-se no legendário Corpo de Voluntários da Pátria como soldado do 4º Corpo de Caçadores a Cavalo, lutando contra as hordas paraguaias que haviam invadido o solo brasileiro.
Afastado do serviço do Exército, Machado matriculou-se na Academia de Direito de São Paulo em 1874, época em que as ideias republicanas empolgavam a mocidade acadêmica e a nacionalidade. Ao lado de outros estudantes, em julho de 1876, fundou o Clube Republicano Acadêmico e o jornal “A República”, do qual foi redator.
Em 1889, proclamada a República e convocada a Constituinte, foi eleito senador federal, por escolha e imposição do Partido Republicano Rio-Grandense, cargo que exerceu até seu trágico desaparecimento.