Educação

Pereira Coruja é escola focal da 3ª CRE para o novo ensino médio

Proposta quer o jovem no centro de sua vida escolar, estimulando a formação integral

Proposta quer o jovem no centro de sua vida escolar, estimulando a formação integral

Oficina de flexibilização curricular tratou sobre o tema da identidade cultural local | Foto: Divulgação

No final do ano passado, a 3ª Coordenadoria Regional de Educação (3ª CRE) selecionou 10 escolas-piloto para aplicar o projeto do novo ensino médio, e elas receberão verba para investir na proposta. Entre os selecionados, o Instituto Estadual de Educação Pereira Coruja foi escolhido como escola focal.

A diretora Lisa Calçada explica que, desde o início deste ano, está sendo realizado um trabalho de implementação do novo ensino médio com alunos e professores da escola. Inicialmente, isso ocorre no período diurno, com aproximadamente 350 estudantes, mas logo deverá abarcar toda a formação, incluindo magistério e técnico em administração, por exemplo.

Em meados de julho, foram realizadas três oficinas de flexibilização curricular, uma espécie de embrião de um possível itinerário formativo. Temas como identidade cultural local, práticas de laboratório e matemática divertida foram abordados com os alunos, que se mostraram interessados, conforme a direção.

Outros projetos, como a Feira do Conhecimento e rodas de conversa com profissionais estão sendo planejados dentro da nova proposta de ensino médio. “O objetivo é que os estudantes tenham mais motivação para o futuro, um projeto de vida, sejam mais participativos e sintam-se envolvidos no processo de ensino, promovendo, assim, o protagonismo juvenil”, argumentam a diretora e o vice, André Vanderlei da Silva.

Recentemente, uma pesquisa diagnóstica foi realizada com alunos, pais, escolas do município e futuros alunos, a fim de entender os anseios, as visões e os desejos para o futuro. Além disso, reuniões mensais são promovidas pela CRE para que as escolas troquem experiências e contem como estão inserindo essa ideia na comunidade escolar.

De acordo com Lisa, a verba destinada a cada escola varia conforme o número de alunos constante no senso de 2017. Para o Pereira, o valor é de cerca de R$ 80 mil, que ainda não foram liberados pelo Ministério da Educação. A quantia deverá ser investida na revitalização do espaço de informática e em material de expediente (folhas, tinta para impressora, etc.).

Saiba mais

A medida provisória nº 748/2016, que trata do novo ensino Médio, foi sancionada pelo ex-presidente Michel Temer em fevereiro de 2017. Com isso, a carga horária de todas as escolas será ampliada de 2.400 para 3.000 horas. Isso porque, além das aprendizagens comuns e obrigatórias, definidas pela Base Nacional Comum Curricular, os estudantes poderão escolher se aprofundar naquilo que mais se relaciona com seus interesses e talentos.

São os itinerários formativos, relativos às áreas do conhecimento (matemática, linguagens, ciências humanas e ciências da natureza) à formação técnica e profissional. No Rio Grande do Sul, a experiência do ensino médio politécnico serviu como ensaio para essa nova proposta nacional, tanto que a carga horária dos estudantes de ensino médio já é de 3.000 horas.

Todas as fases de preparação e planejamento são para a implementação em 2020 nas escolas-piloto. Após período de observação e ajustes, todas as escolas de ensino médio brasileiras, em 2022, já deverão estar adaptadas.

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