Artigo

Gutenberg, Albertino Saraiva, Bill Gattes: 132 anos de “O Taquaryense”

"Quando Albertino Saraiva, na gráfica de Tristão Vianna, inventou 'O Taquaryense', revolucionou a informação neste rincão do Estado"

João Batista Costa Saraiva*

Quando Gutenberg inventou a imprensa, por volta de 1430, revolucionou o conhecimento e a informação, democratizando seu acesso, antes restrito a poucos, sempre dependente da tradição verbal.

De lá para cá, muita água passou por debaixo da ponte. Quando Albertino Saraiva, na gráfica de Tristão Vianna, inventou “O Taquaryense”, revolucionou a informação neste rincão do Estado, enquanto veículo de divulgação do ideário abolicionista e republicano. Era este o propósito.

Passados 132 anos daquele distante 31 de julho de 1887, o mundo se transformou completamente. O “Gutenberg” da era moderna poderia ser Bill Gates, que em 1975 criou a Microsoft com o amigo Paul Allen, e daí para frente todo mundo sabe o que aconteceu até chegarmos ao smartphone, que reinventou a imprensa e a mídia. Hoje, todo mundo se comunica com o mundo todo.

Mas o papel do jornalismo, da inovação, da comunicação e do compromisso com a cidadania permanece em qualquer destes espaços compartilhado por todos aqueles que vivemos nesta mesma barca chamada Planeta Terra.

É neste contexto que o abraço a todos os homens e mulheres que garantiram esta trajetória de “O Taquaryense”, da velha máquina de impressão Marinoni ao contemporâneo instantâneo da mídia eletrônica, se faz necessário.

Até para uma reflexão do tipo de onde viemos e para onde vamos. Do respeito indispensável e compreensão do passado e suas circunstâncias. Da necessidade de compreender o presente, suas angústias, avanços, retrocessos e contradições e sermos capazes de projetar o futuro com esperança.

A arte de se comunicar, de expressar informação e opinião, de construir e promover interesse coletivo será sempre atual. Assim, “O Taquaryense” permanece enquanto instrumento de promoção da democracia, tal e qual foi concebido por Albertino Saraiva, em uma nova linguagem, capaz de traduzir a contemporaneidade.

*Advogado e ex-colunista de “O Taquaryense”

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