Alegando problemas de saúde, Clóvis Bavaresco não compareceu e segue sem falar sobre condenação

Espaço entre os colegas Marquinho e Tio Nei ficou vago no último dia 30 de maio | Foto: Juliano Kern
Ocorrida em 30 de maio, a última sessão da Câmara de Vereadores de Taquari teve como ponto alto o discurso de Tio Nei (PSDB). Na tribuna, ele destacou a conquista de R$ 700 mil em recursos para a saúde no município, resultado de viagem a Brasília realizada entre os dias 7 e 10 do mês passado. Clóvis Bavaresco (PP), condenado a indenizar em R$ 8 mil a deputada Maria do Rosário (PT-RS), não compareceu.
Os vereadores Ramon de Jesus (PT) e Vânius Nogueira (PDT), no início de suas exposições, salientaram a presença da reportagem de “O Taquaryense”, que depois de longos anos voltou a ocupar espaço entre os órgãos de imprensa no Legislativo. “Saudamos o retorno deste que é um dos mais importantes veículos de comunicação do Brasil. Sabemos da competência do jornal e desejamos um bom trabalho”, declarou Ramon.
Fruto de verba parlamentar do deputado federal Pedro Westphalen (PP-RS), o investimento de R$ 700 mil na saúde foi comemorado por Tio Nei. Responsável por anunciar o aporte financeiro viabilizado pelo parlamentar gaúcho, ele destacou o retorno positivo que gerou sua ida à capital federal, acompanhado dos colegas Leandro Mariante (PT), Marquinho (PSDB) e Pastora Mara (PSDB). Conforme nota divulgada pela assessoria de imprensa do deputado, o recurso seria aplicado em melhorias no Hospital São José. Porém, segundo a administração municipal, a quantia só pode ser destinada à área de saúde básica.
Em meio à movimentação nos bastidores da Casa, chamou atenção a ausência do vereador Clóvis. Em 28 de dezembro de 2017, ele proferiu ofensas pelas redes sociais contra a deputada federal Maria do Rosário, após ela ser vítima de assalto no portão de casa, e foi condenado a pagar uma indenização de R$ 8 mil por danos morais.
Ao saber da decisão, a parlamentar comentou que “a cultura do estupro deve ser combatida insistentemente, e uma das formas de fazê-lo é responsabilizando os que a produzem e fomentam”. Ela disse ainda esperar que “esse fato sirva para o debate na sociedade sobre o machismo, a cultura do ódio e outras formas de sociabilidade inaceitáveis”.
Clóvis, por sua vez, não se manifestou após a decisão da Justiça. A companheiros de Câmara, ele alegou que problemas de saúde impediram sua presença na última sessão. Conforme estabelece o regimento da Casa, o vereador tem até o próximo encontro no Legislativo, que acontece na quinta-feira, 13, para apresentar algum documento que justifique sua ausência. A reportagem tentou entrar em contato com Clóvis para saber mais detalhes, mas não obteve retorno.