Editorial

Surge um moderno “O Taquaryense”

É chegada a hora de sintonizar “O Taquaryense” com o presente, sem, todavia, esquecer o passado
Capa da primeira edição offset de “O Taquaryense” | Foto: Reprodução

Aos 131 anos de existência, “O Taquaryense”, produzido tipograficamente desde a primeira edição, rende-se aos novos tempos e moderniza-se. Aparece ele, neste 10 de maio de 2019, em versão offset, o que de ora em diante ocorrerá mensalmente e, em breve, semanalmente.

É este, pois, um momento histórico na vida do modesto órgão de imprensa fundado por Albertino Saraiva, no recuado dia 31 de julho de 1887, numa manhã fria e nevoenta, como certa feita narrou em suas páginas o cronista Theodomiro Tostes.

De lá para cá, diversas e importantes transformações marcaram a história do país e do mundo. O jornalismo, especificamente, mudou de maneira profunda. Assim, é chegada a hora de dar um passo adiante. De sintonizar “O Taquaryense” com o presente, sem, todavia, esquecer o passado.

O semanário continuará com sua edição tradicional, montada letra por letra em tipografia e impressa na secular rotativa Marinoni Universelle, adquirida do “Correio do Povo” em 1910. Paralelamente, levará a seus leitores esta versão moderna, colorida, rodada nas potentes impressoras do parque gráfico do Grupo Gazeta, de Santa Cruz do Sul.

Neste ensejo, justo se faz recordar, num rápido retrospecto, os nomes daqueles que ao longo dos tempos tiveram a missão de conduzir “O Taquaryense”, suplantando dificuldades sem conta e, dessa forma, permitindo que ele chegasse até aqui.

Entre 1887 e 1928, o periódico teve a guiá-lo a mão forte de seu fundador. Nesse período, o filho Palemon Saraiva atuou como gerente durante muitos anos, sendo sucedido pelo irmão Mário Saraiva, que se conservou no posto até 1946.

Após a morte de Albertino Saraiva, assumiu a redação Leonel Theodorico Alvim, seu grande amigo, nela permanecendo até 1945, sem exigir qualquer remuneração. Contou este semanário também em sua redação, na segunda década do século passado, com Othelo Rosa, consagrado historiador gaúcho, e com o dr. João Maia Filho, entre 1923 e 1924.

A partir de 1946, desempenhou a função de redator Pery Saraiva. João Carlos Bizarro Teixeira era o diretor; Plínio Saraiva, o gerente. A eles se juntou, em 1949, Nardy de Farias Alvim, inicialmente como redator. Esse quarteto foi o responsável pelo reerguimento de “O Taquaryense” em 1962, após seu desaparecimento em 1956. Plínio, até os 101 anos, não deixou a peteca cair, passando o bastão em 2004 para a filha, Flávia Therezinha Saraiva Dias.

A eles, todas as homenagens! Nada do que está acontecendo seria possível sem a dedicação e o amor de todos por este singelo veículo de imprensa.

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